Textos bíblicos de referência:
1.
“O povo
que andava nas trevas viu uma grande luz; para aqueles que habitavam nas
sombras da morte uma luz começou a brilhar (Is.9,1ss: 1ª leitura da Missa da
Noite de Natal).

3. “Naquele tempo, os pastores
dirigiram-se apressadamente para Belém e encontraram Maria, José e o Menino
deitado na manjedoura” (Lc.2,16-21: Evangelho da missa da Aurora ou Evangelho
do dia 1 de Janeiro);
4. “Entrando na casa viram o Menino com
Maria, Sua mãe. Prostrando-se, adoraram-n'O” (Mt 2, 11: Evangelho da Epifania
do Senhor).
Textos básicos de meditação:
1.
“É importante aprender a perscrutar os sinais com
os quais Deus nos chama e nos guia. Quando temos a consciência de sermos
guiados por Ele, o coração experimenta uma alegria autêntica e profunda, que é
acompanhada por um desejo sincero de O encontrar e por um esforço perseverante
em segui-lo docilmente” (João Paulo II, MJMJ 2005).
2.
“Ajudai, os homens a descobrir a verdadeira estrela
que nos indica o caminho: Jesus Cristo! Procuremos nós próprios conhecê-lo
sempre melhor para poder de maneira convincente guiar também os outros para
Ele.” (Bento XVI, Homilia, 21.08.2005).
3.
“Na verdade, todos precisamos de bons guias, na
nossa busca incessante de Deus! E aos pais compete serem os primeiros e
insubstituíveis educadores na fé. Mediante o testemunho de vida, «os pais são
os primeiros arautos do evangelho, junto dos filhos» (cf. LG 11). Mais ainda,
rezando com os filhos, dedicando-se, com eles à leitura da Palavra de Deus e
inserindo-os na Igreja e na participação da Eucaristia, tornam-se plenamente
pais, não apenas na ordem biológica, mas na dimensão espiritual. Os pais
cristãos sabem que só dão verdadeiramente a vida aos filhos e a vida pelos
filhos, se com a vida lhes derem também um sentido para ela. Os pais transmitem
a fé aos seus filhos com o testemunho de sua vida cristã e com sua palavra. O testemunho é a primeira forma de
evangelização. Por isso, lembramos aqui a preciosa indicação de Paulo VI,
de que “o homem contemporâneo escuta com
melhor boa vontade as testemunhas do que os mestres, ou então, se escuta os
mestres, é porque eles são testemunhas” (EN 41).
4.
“Especialmente
quando se trata de educar para a fé, são fulcrais a figura da testemunha e o
papel do testemunho. A testemunha de Cristo não transmite simplesmente
informações, mas compromete-se de maneira pessoal na verdade que propõe e,
através da sua própria vida, torna-se um ponto de referência confiável”
(Bento XVI, Discurso, 11.06.2007). Neste sentido, para guiar os outros, já “não
bastam meros dispensadores de regras e informações; são necessárias testemunhas
autênticas, que saibam ver mais longe do que os outros, porque a sua vida
abraça espaços mais amplos. A testemunha é alguém que vive primeiro o caminho
que propõe” (cf. Bento XVI, Mensagem no Dia Mundial da Paz 2012).
5.
«Oxalá as nossas crianças, adolescentes e jovens
encontrem, ao longo do seu caminho, verdadeiras “estrelas”, que os guiem para
fora de si mesmos, “rumo a uma plenitude
que os faça crescer” e que só o Deus feito Homem lhes pode dar! «Deixai que
me dirija especialmente aos pais: procurai, ser para os vossos filhos, as
“estrelas” que guiam e apontam para o verdadeiro “Sol Nascente”, para a Luz do
mundo, que é Cristo (cf. Jo.8,12).
Texto
recolhidos a partir de PE. AMARO GONÇALO, Carta Pastoral «Abri nos corações a porta
da Fé», n.5, 11-13)
Oração – Recitação de um poema, ao colocar
o Menino e a Estrela dourada no Presépio da Igreja
A estrela e o coração
A Estrela não se
enganou
quando chamou
quem estava longe
para que se
encaminhasse para o Deus,
que lhe está
próximo.
A Estrela não se
enganou
ao indicar o
caminho do deserto,
o mais humilde,
o mais difícil.
A Estrela não se
enganou quando
parou sobre uma
casa de gente humilde.
Ali nasceu o
grande futuro!
O teu coração
não se enganou
quando se pôs a
caminho,
à procura do
desconhecido.
O teu coração
não se enganou
quando não cedeu
à vã impaciência.
O teu coração
não se enganou
ao ajoelhar-se
diante do Menino!
KLAUS HEMMERLE,
Deus fez-se menino. Meditações sobre o
Natal, Ed. Cidade Nova, Abrigada 2002, 10
Sugestão de Cântico: (Pe. Ferreira dos
Santos)
Coro: Ó Sol nascente, que Vos ergueis
por sobre nós mortais, iluminando os cegos de nascença na luz do vosso rosto.
Assembleia: Vem, Jesus, Estrela da
Manhã, Estrela da Manhã! Cantamos, cantamos a vossa vinda, a vossa vinda
gloriosa!
Em casa,
antes da Ceia, colar ou colocar a Estrela do Presépio, de cor dourada. Fazer a
oração da noite de Natal, que está no interior da Estrela;
Menino Jesus:
És Tu a brilhante Estrela da Manhã (Ap.22,16;2,28)
que Se ergue nesta noite,
para iluminar, na luz do Teu rosto,
os que não têm presente,
ou não vêem futuro!
Menino Jesus:
És Tu a Estrela da Manhã,
que, das alturas, nos visitas, como Sol nascente, (Lc.1,78)
e queres nascer nos corações (I Pe.1,19),
que procuram nova luz,
para um tempo novo de paz.
Menino Jesus
És Tu a firme Estrela Polar!
À tua volta, giram e brilham outras estrelas,
nos olhos de Maria e de José,
dos pastores e dos Magos
e da multidão de todos os santos!
Menino Jesus:
Por teus olhos acesos de inocência
guia-nos, sempre que anoitece.
Dá-nos estrelas, que Te sigam,
e iluminem, com a própria vida,
quem procura e desconhece, que és o Caminho.
Vais ter um Natal 5 estrelas: …se fores estrela, que leva Cristo
aos outros e os outros a Cristo; …se
cumprires, ao menos, uma proposta de cada semana de advento; …se rezares um pouco, em família, diante do
Presépio; …Se procurares o
alimento dado pelo Pão da Palavra e da Eucaristia; …Se viveres as tuas férias de Natal, mais perto
de Jesus e mais perto daqueles de quem tens andado mais longe…
“Na manjedoura de Belém Jesus deixou-se adorar, sob as pobres
aparências de um recém-nascido, por Maria, por José e pelos pastores; na hóstia
consagrada adorámo-l'O sacramentalmente presente; ali Ele Se oferece a nós
mesmos como alimento de vida eterna.” (João Paulo II, MJMJ 2005)
OUTROS TEXTOS DE
APOIO
“Queridos amigos, esta não é uma história distante, que se
verificou há muito tempo. Ela é presença. Aqui na hóstia sagrada Ele está
diante de nós e no meio de nós. Como então, vela-se misteriosamente num santo
silêncio e, como então, precisamente assim revela o verdadeiro rosto de Deus.
Ele está presente como naquela época estava presente em Belém. Convida-nos
para aquela peregrinação interior que se chama adoração. Coloquemo-nos agora a
caminho para esta peregrinação e peçamos-Lhe que nos guie. Amém” (Bento XVI,
Discurso aos Jovens JMJ, 20-08-2005).
Estrela
Cadente
Traço
de luz… lá vai! Lá vai! Morreu.
Do nosso amor me lembra a suavidade…
Da estrela não ficou nada no céu
Do nosso sonho em ti nem a saudade!
Do nosso amor me lembra a suavidade…
Da estrela não ficou nada no céu
Do nosso sonho em ti nem a saudade!
Pra
onde iria a ’strela? Flor fugida
Ao ramalhete atado no infinito…
Que ilusão seguiria entontecida
A linda estrela de fulgir bendito?…
Aonde iria, aonde iria a flor?
(Talvez, quem sabe?… ai quem soubesse, amor!)
Se tu o vires minha bendita estrela
Ao ramalhete atado no infinito…
Que ilusão seguiria entontecida
A linda estrela de fulgir bendito?…
Aonde iria, aonde iria a flor?
(Talvez, quem sabe?… ai quem soubesse, amor!)
Se tu o vires minha bendita estrela
Alguma
noite… Deves conhecê-lo!
Falo-te tanto nele!… Pois ao vê-lo
Dize-lhe assim: “Por que não pensas nela?”
Falo-te tanto nele!… Pois ao vê-lo
Dize-lhe assim: “Por que não pensas nela?”
Florbela Espanca
ESTRELA DO
OCIDENTE
Por teus olhos acesos de inocência
Me vou guiando agora, que anoitece.
Rei Mago que procura e desconhece
O caminho.
Sigo aquele que adivinho
Anunciado
Nessa luz só de luz adivinhada,
Infância humana, humana madrugada.
Presépio é qualquer berço
Onde a nudez do mundo tem calor
E o amor
Recomeça.
Leva-me, pois, depressa,
Através do deserto desta vida,
A Belém prometida...
Ou és tu a promessa?
Miguel Torga, Diário, Coimbra, Natal de 1959
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