sexta-feira, 16 de março de 2012

IV Domingo da Quaresma- Eu quero descobrir...

4.ª Etapa:       Nas margens dos rios de Babilónia

Do alto do Monte às margens dos rios de Babilónia. Com o povo de Deus, dependurámos nos salgueiros as nossas harpas e sentámo-nos a chorar com saudades de Sião. Esta insistente invocação ao Senhor, para que liberte os seus fiéis da escravidão babilónica, exprime também os sentimentos de esperança e de expectativa da salvação com os quais iniciamos a nossa caminhada quaresmal. Assim como outrora, o povo de Israel chorou e clamou pela salvação, assim também nós, em caminho rumo à terra prometida, erguemos as nossas vozes ao alto para que o Senhor nos conduza pelos caminhos da redenção. Como povo desbravamos os trilhos que nos identificam como comunidade e ansiamos alcançar os caminhos da redenção. As saudades desta terra onde corre leite e mel e onde a vida jorra em abundância tolhem-nos o coração mas não nos podem impedir que continuemos a nossa caminhada. Em terra estrangeira, não podemos entoar os cânticos de Sião mas ainda que atravessemos terras estrangeiras não nos podemos esquecer da cidade para onde se põe os nossos olhos. Jerusalém está ainda em construção mas um dia, quando a nossa caminhada alcançar a meta, haveremos de a ver perfeita e descerá do céu como noiva adornada para o seu esposo. (Ap. 21,2). Apressemos a marcha para que se esvaneçam as saudades e concretizem-se os nossos horizontes de salvação.

Obstáculos no caminho:       O esquecimento
Diz-nos a sabedoria popular que somos seres de memória curta. Facilmente o homem se esquece das suas origens e das suas raízes. O progresso, a técnica e a ciência fizeram-nos esquecer a nossa condição de criaturas para assaltar o trono do criador. A história e as tradições perdem-se nas nossas ambições e ganâncias. No entanto, o peregrino que procura alcançar a sua meta, tendo Deus como horizonte, sabe bem que só será capaz de percorrer este caminho olhando para o seu passado, refazendo a sua história e construindo o seu futuro. Agora que abandonas as margens dos rios de Babilónia não te deixes tropeçar no esquecimento. Recorda-te bem de onde vens o onde queres chegar.

Ajuda para o caminho:         A Bíblia
Deixas para trás a quarta etapa desta caminhada quaresmal e recebes como ajuda para o teu caminho a Bíblia como quem recebe nas mãos o diário da história de um povo. Um povo do qual também tu fazes parte e com ele partilhas o caminho. A bíblia é o grande antídoto ao esquecimento da tua condição de peregrino em busca da terra da redenção. Ao folheares as páginas deste grande livro descobrirás também a tua história, as tuas raízes e os teus antepassados. Recordar-te-ás porque caminhas e a terra onde pretendes chegar.

Caminho Familiar
1. Reúne a tua família. No quarto quadrado da cruz coloca a frase da semana: “Eu quero descobrir”. Junto à cruz podes também colocar a tua bíblia como sinal da Palavra de Deus que nos recorda a nossa história e a história do povo de Deus.

2.  A família escuta o seguinte texto: “Sobre os rios de Babilónia nos sentámos a chorar, com saudades de Sião. Nos salgueiros das suas margens, dependurámos nossas harpas. Apegue-se-me a língua ao paladar, se não me lembrar de ti, Se não fizer de Jerusalém a maior das minhas alegrias.” (Salmo 136)

3.  Juntos rezam a seguinte oração: Quando os amigos nos abandonam, quando os nossos sonhos se tornam cinza, quando os amores arrefecem e os obstáculos abundam no caminho… a tua Palavra recorda-nos a tua presença constante nas nossas vidas o teu sorriso que nos devolve a vida os teus braços que nos acolhem. Senhor Jesus, que a tua Escritura seja o farol para a nossa família e juntos construamos caminhos de comunhão fecundados na Tua palavra. Ámen.

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