sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Mensagem do Padre Álvaro para o Natal 2012


Carta aos Filipenses 2:6-7: “Cristo, que era de condição divina, não considerou a sua igualdade com Deus um dom pessoal, mas negou-se a si próprio, assumindo a condição de servo, tornando-se semelhante a nós.”


Coreia do Sul, 22 Dezembro 2012
 Caros irmãos e irmãs:
 Olá a todos. Estamos às portas da celebração do nascimento de Cristo, festa que nos recorda a fidelidade de Deus e o Seu grande amor pela humanidade. Estive nas Filipinas de 7 a 17 deste mês para recolher material sobre este país asiático para a nossa revista coreana e a palavra que me vem à mente é esta: GRATIDÃO! Sim, estou imensamente grato a Deus por esta visita, pelo que vivi, pelas pessoas que conheci, pelas experiências que fiz e pela partilha e comunhão com os Missionários Combonianos e seus colaboradores. Conheci – se bem que não profundamente, claro, até porque as Filipinas são um arquipélago imenso – um país rico em contrastes: da pobreza extrema que muitos vivem à riqueza estonteante que poucos desfrutam; do fervor religioso a situações de violência em nome de Deus ou do lucro; da corrupção que cria um fosso cada vez maior entre os poucos que têm muito e os muitos que têm pouco; de tantas crianças lindas que são vítimas da irresponsabilidade e crueldade de adultos sem coração a crianças que podem estudar e gostam de aprender e sonhar um futuro melhor; da confusão no tráfico e nos bairros de lata à paz e limpeza nos bairros mais ricos: … Mas o elemento que mais me impressionou, pela positiva, foi a amabilidade das pessoas e o sorriso das crianças, bem como a sua beleza. Foi impressionante ver como, mesmo no meio de tanta miséria, as pessoas são capazes de levar a vida por diante sem se queixarem muito… quando muitos de nós que têm muito se queixam sempre de não ter mais, esquecendo-se de agradecer pelo que têm. Já conhecia Filipinos aqui na Coreia, mas pude confirmar de que são na verdade um povo afável e acolhedor.
 Bom, faz um ano que celebrei o Natal com vocês; é, o tempo passa depressa, mas o importante é que passe bem. Mas este ano irei celebrar também o Natal em português, na residência do nosso embaixador, com outros portugueses e alguns amigos de vários países; celebraremos depois a missa do galo à meia-noite, algo que faço pela primeira vez desde que cheguei à Coreia. Dado que o nosso embaixador é um católico empenhado, é com prazer que celebro com a família dele e outros nossos compatriotas a consoada e o Natal à boa maneira portuguesa. Espero que, apesar das dificuldades económicas e não só que flagelam o nosso Portugal, possais viver este tempo com serenidade e esperança no coração. Que as vossas famílias se possam reunir à volta de mesas com comida deliciosa e abundante, mas sobretudo que se possam reunir em paz e espírito de união, pois a melhor prenda que podemos oferecer aos nossos mais queridos é precisamente o nosso coração desejoso de os amar e servir. Quero também lembrar os muitos imigrantes que, como eu, estarão presentes em vossas casas através do amor e da oração: que o Deus Menino, que também foi imigrante no Egipto, nos abençoe a todos os que estamos espalhados por esse mundo fora. E rezo também para que o Deus Menino abençoe os vossos doentes e todos aqueles que atravessam um período mais difícil na vida, seja por falta de emprego, seja por falta de esperança no presente e no futuro.
Desejo-vos e aos vossos familiares um Santo e Feliz NATAL e um PRÓSPERO 2013, cheio de tudo o que vos faz feliz, sem esquecer que só somos felizes quando o são também todos à nossa volta. Recordo-vos sempre na amizade e na oração. Vosso irmão e conterrâneo

P. Álvaro Pacheco


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